quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Bicicletas em São Paulo





O mais novo filme do NUPA, da série Paulicéia, BICICLETAS EM SÃO PAULO, já está disponível em nosso canal Vimeo. Pra assistir é só clicar na imagem ao lado.


Os artistas, profissionais e alunos, envolvidos neste projeto, responderam algumas questões sobre qual suas relações com este filme, com o NUPA, com animação em geral, o que andam fazendo e como vêem a animação brasileira. Seguem os depoimentos...

Model da personagem CLARA,
de Klayton Luz com o NUPA workshop


PAULO GARFUNKEL (roteirista ganhador do edital Paulicéia de roteiros com o tema Bicicletas em São Paulo)

Paulo Garfunkel é o peludo mais claro. 
O outro, é a Ajanã.
Eu sempre achei que a bicicleta é o veículo do futuro. E que se a humanidade ainda não está preparada pra ela, o que dirá São Paulo, cheia de altos e baixos em todos os sentidos? Quando surgiu a chance de escrever um roteiro com o tema eu adorei. Quando o roteiro foi escolhido pra ser produzido foi uma bela surpresa. Agora, com animação pronta, com belo traço, bom rítmo, fiquei muito feliz.

O que estou fazendo agora? Bem, foi editada agora, em 2012, pelo Toninho Mendes da Editora Peixe Grande, a coletânea do Vira-Lata, o gibi de sacanagem com desenhos do Líbero Malavoglia e supervisão científica do Dr. Drauzio Varella,que circulava no Carandiru nos anos 90, no auge da epidemia de aids. Se puder, dá um bico em nosso promo, clicando na imagem da capa do álbum, aí ao lado.
E também, o livro infantil Shui, entre os vermes da superfície foi lançado pela editora do SESI. A história nasceu como argumento pra um game e daria uma boa série de animação. Pela mesma editora, está saindo outro infantil, Três Fábulas de Esopo, que são adaptações poéticas de  fábulas escritas em 2002 para uma peça de teatro. E também uma hq adulta, Chão de Fábrica, uma trama policial com desenhos do Líbero.
Estou produzindo para a Cinema Animadores, a trilha sonora de dois filmes de animação, O menino que sabia voar e Mendonça descobre o Amor, que é a adaptação do conto Miss  Dollar do grande Machado de Assis.
Meus artistas de animação preferidos, o Sylvan Chomet, das Bicicletas de Belleville e de O Mágico (L'Illusionniste), Katsuhiro Otomo, do velho Akira
o cara do Samurai Champloo e Cowboy Bebop, Shinichiro Watanabe. E tem uma produção francesa do Corto Maltese, bem fiel às histórias do Hugo Pratt, que eu gosto muito e não sei quem dirigiu. E os caras da Pixar matam a pau (americanamente). 


Key vision original de Klayton Luz com o NUPA workshop


KLAYTON LUZ (concepção visual + NUPA workshop e cenários)


Como eu tenho pouco experiencia em animação, participar deste projeto foi
um grande aprendizado. Trabalhar com o NUPA foi ótimo, pois os alunos estavam super envolvidos e colaboraram bastante no desenvolvimento dos conceitos visuais durante o workshop. Sem falar da profissionalismo e generosidade em que o Céu conduziu todo o projeto, as aulas e tudo mais.
Fico feliz e grato pela experiencia.

Gosto de animação. E pra mim Akira do Katsuhiro Otomo é sempre referência! Mas um artista que gosto muito hoje em dia é o animador, diretor e artista conceitual, Robert Valley.

Model de veículo elétrico,
de Klayton Luz com o NUPA workshop


GUSTAVO KURLAT (trilha sonora)

Contribuir em Bicicletas em São Paulo significou entrar em contato novamente com a possibilidade de pensar a cidade de uma outra forma, percebendo que algumas utopias talvez sejam mais viáveis do que imaginamos. E claro, o desafio e o prazer de criar (música, no caso) sintonizado com as imagens e as ideias que devem dialogar fluentemente para passar ao público o seu espírito.
No momento também estou compondo a trilha do longa de animação O menino e o mundo, de Alê Abreu, em parceria com Ruben Feffer, um trabalho que contou nas gravações com a participação de Naná Vasconcelos e os Barbatuques. E acabam de ir pro ar a série de animação Batatinhas (Small Potatoes), da qual fiz todas as versões em português das canções e as respectivas gravações. E o programa de rádio Catimbirimbéu, que dirigi, no site do Itau Cultural. 
Pelo que eu disse acima, acho que transparece o fato de que adoro animações! E o trabalho do Alê Abreu, com o qual trabalhei também anteriormente no longa Garoto Côsmico, é pra mim uma referência nova nas animações brasileiras.


Model da personagem CHICO,
de Klayton Luz com o NUPA workshop
CHICO ZULLO (animação)

Produzir as animações para Bicicletas em São Paulo significa contribuir para um conceito que está cada vez mais claro para os cidadãos de SP: precisamos de opções para o transporte na cidade que não sejam necessariamente o uso do carro. Já é algo que eu busco praticar no meu dia a dia, não exatamente andando de bicicleta, mas optando algumas vezes na semana, por deixar o carro em casa e utilizar o transporte público. Acredito que a proposta do filme seja de repensar a locomoção na cidade. E fico muito contente em poder contribuir de alguma maneira em propagar esse conceito.
O desenho animado a mão está se redescobrindo, à medida que se apropria da evolução tecnológica da computação gráfica. No momento em que o animador está sentado em uma tablet (mesa digitalizadora) ou numa mesa de luz, o desenho que se produz se assimila muito em termos de técnica e o resultado final na tela também acaba se tornando muito parecido. Obviamente, uma produção totalmente digital gera bem menos trabalho que a animação que era feita há 30 anos. Na minha opinião, um frame desenhado a mão seguido por outro frame desenhado a mão e assim por diante (seja numa folha de acetato, seja diretamente na tela do computador) resulta em uma animação com características peculiares e especiais, que nunca serão superadas por outras técnicas.
Para o Brasil ter uma produção de animação mais consistente, falta volume de produção. Disso virá a bagagem de experiencia para saber como atingir um patamar de maior qualidade nas nossas animações, frente aos custos de produção. E para termos maior volume de produção, é fundamental que estejamos formando mais e mais artistas e profissionais para todas as etapas da produção.

Ilustrações finais para as camadas de BG, Largo do Arouche, de Klayton Luz


CHICO BELA (animação)

Como paulistano de nascença, e grande fã de andar de bicicleta, adorei trabalhar neste projeto que mostra uma São Paulo mais interessante de se morar. O fato do trabalho ter saído de uma iniciativa legal como o núcleo paulistano de animação também é motivo de orgulho. O trabalho apresentou uma série de desafios técnicos que foram interessantes de serem resolvidos, também.
Espero e acho que o desenho animado a mão terá um novo ciclo e não foi enterrado pela computação gráfica. Depois do furor inicial da animação CG3D, a animação desenhada voltou a ter força, vide os trabalhos produzidos por alunos graduandos de escolas de animação, e mesmo a linha publicitária.  Acho que o gesto do desenho ainda vai demorar pra perder o apelo frente ao CG3D.
O que falta para o Brasil ter uma produção de animação mais consistente é uma indústria de animação que se sustente. E investimento.

Key vision original de Klayton Luz com o NUPA workshop

FRED MATHIAS (produção artística MOL TOONS)

Contribuir para que uma história como a que foi contada neste curta faz parte do DNA da Mol Toons. O tema é atual, de extrema relevância e foi abordado de forma delicada e poética.
Além disso, o processo colaborativo de produção do NUPA, que envolve edital público para a contratação de roteiro e workshops no processo de direção de arte foi uma experiência gratificante para nós. Sem contar que o resultado final foi excelente. 
O mercado de entretenimento aqueceu bastante no Brasil. Além de nosso estúdio estar envolvido em projetos de séries de animação, fomos procurados para trabalhar em um documentário, a ser exibido no History Channel e que fará grande uso da animação na reconstituição de cenas e também em um APP para Ipad. Ambos novas experiências para a Mol Toons.
Minha crença é de que as técnicas entram e saem de moda, mas o que vale no final é uma boa história, uma que valha ser contada. Quando a Pixar lançou Toy Story muita gente se surpreendeu. Como é possível segurar uma audiência por 70 minutos usando "apenas" computação gráfica? Curiosamente, este foi o mesmo comentário à época do lançamento de Branca de Neve nos cinemas. Um longa metragem de animação?
O fato é que houve claramente no segmento de longa metragens, após o já mencionado advento de Toy Story, uma predominância da técnica 3D/CGI. Os filmes da Pixar e Dreamworks dominaram o mercado ocidental. Mas na França foram lançados filmes expressivos, como o Bicicletas de Belleville e o Japão continuou forte com seus animes e com obras primas de Hayao Miyazaki.  A Disney, que também andava com pouca confiança no lançamento de seus tradicionais filmes de animação feita à mão, fez com o "A Princesa e o Sapo" um grande retorno.
Vale adicionar que no segmento de séries para televisão, a animação feita à mão continuou sendo a técnica mais utilizada (Simpsons, Pokemon, Bob Esponja, Ben 10 e Adventure Time, entre tantos outros)
A variedade de técnicas está a serviço dos contadores de história e quem ganha é a audiência.
O Brasil, historicamente, tem tido uma produção consistente de publicidade  e de curtas metragens. E hoje há uma evidente evolução na produção de séries para a Televisão. A politica pública de incentivos culturais começou a ver este segmento com bons olhos e a produção independente avançou muito. Mas ainda falta, a meu ver, um mercado mais maduro. As emissoras brasileiras ainda estão acostumadas a comprar conteúdo barato que vem do exterior, à exceção de quando podem fazer uso de alguma lei de incentivo. Isso é uma distorção de mercado que alguma hora deve acabar. No cinema temos ainda mais a caminhar. Acho que falta um grande sucesso (tipo Cidade de Deus ou Tropa de Elite) que atraia os distribuidores e o público, criando um círculo virtuoso. Existem alguns (poucos) filmes em produção agora e realmente torço para o sucesso deles.
 

Estudos de H-Minus no NUPA workshop
HERMINIO CARDOSO/ H-MINUS (NUPA workshop): Tenho muito orgulho de ter participado do workshop que elaborou o story board desta animação, só não imaginava que ficaria tão bonito. Parabéns a toda equipe!
Claro que fui procurar meu nome nos créditos, né! Mas o que aprendi no workshop vale muito mais, pois comecei a trabalhar em uma produtora de vídeo e agência de propaganda, onde ponho em prática tudo que aprendi com o Céu, a Julia Bax e o Klayton Luz em matéria de story-board! Valeu e vida longa ao NUPA.


BG de Klayton Luz, com 

aplicação de grafismos da

coleção desenvolvida 
em residência artística 
por Marcelo Ortolani.
Inspirada na arte de Highraff.
MARCELO ORTOLANI (NUPA workshop): O NUPA acrescentou várias coisas positivas pra mim. Me deu um norte, me mostrou um caminho a seguir na minha busca por aprender mais sobre animação. Conheci pessoas, filmes, exemplos de vida no estudo do trabalho de vários artistas de animação. Frequentei aulas, participei de filmes coletivos, fiz residência artística no estúdio do NUPA. Alguns dos filmes que conheci me fizeram chorar e me ajudaram a manter aceso o meu entusiasmo pela arte. Conheci alguns alunos com os quais comecei a fazer um curta metragem de animação (que não foi concluído por problemas pessoais). Frequentei aulas e participei de filmes coletivos que me ajudaram a conseguir um emprego na área de animação. Esse estudo sério, essas oportunidades e reunião de pessoas é algo que eu não encontrei em nenhuma outra oficina gratuita de animação ou desenho oferecida em São Paulo. E olha que eu pesquiso muito, já fiz MUITAS oficinas, tanto no CCJ como em muitos outros centros culturais e bibliotecas de São Paulo. 
O NUPA contribuiu muito para a minha formação profissional e artística. Tive a oportunidade de conhecer alguns donos de estúdios de animação, pude até pegar o contato de um deles. Mais tarde, quando consegui um emprego em animação por outros contatos, uma das pessoas da empresa em que trabalho já tinha me visto em uma das palestras do NUPA. Esse atestado de interesse foi benéfico profissionalmente. A residência artística que fiz no NUPA foi inestimável, um grande treinamento na produção de cinema de animação com um prazo, responsabilidade, cota de produção e ainda espaço para experimentação e criação. As pequenas cenas de animação que produzi nas aulas e na residência artística foram decisivas para conseguir meu primeiro emprego em uma produtora de animação. As aulas me abriram um mundo de aprendizado, e uso sobretudo o aprendizado artístico quase todos os dias no meu trabalho. Aprendi muita coisa que os livros sobre o assunto não ensinam.
E o NUPA continua me ajudando de forma direta: estou começando uma parceria com um roteirista que trabalha em um projeto do NUPA. Vou colaborar em um blog, o que pode me ajudar indiretamente para divulgação.

O que eu mais gostei? Acho que foi da residência artística. Foi uma experiência bastante colaborativa, muito aberta a experiências, consegui produzir um material de boa qualidade e que foi apreciado. Foi um grande incentivo para seguir em frente.
 
Melhorias para o futuro... Quase todas as pessoas com quem eu falo sobre o NUPA reclamam que é muito longe... Eu não ligo para a distância dos lugares: já fui para Belo Horizonte uma vez fazer uma oficina. Mas tem algumas coisas simples e gratuitas que é possivel fazer para com a ajuda da internet deixar o NUPA mais acessível para pessoas que moram longe do CCJ.
Por exemplo, seria possível filmar as aulas de conteúdo que o Céu dá e colocar em um site de vídeo, por exemplo o site "ustream.com" por umas duas semanas e depois deletar. Seria possível criar um forum pela internet para os alunos debaterem os assuntos de cada aula. Seria possível criar um blog coletivo ou fórum para os alunos postarem seus desenhos de análise de ação e trocarem comentários e críticas construtivas. Ou desenhos de observação de pessoas no metrô. Ou de criação de personagens. O mesmo para os exercícios de animação que cada um está fazendo.
Que mais... mais divulgação sempre ajudaria. Nem vejo mais algo sobre o NUPA nos panfletos do CCJ. Seria interessante divulgar em escolas de desenho, faculdades de artes plásticas, de cinema... Não precisa ser nada muito caro, pedir pro professor de tais cursos para deixar dar um recado pros alunos em uma das aulas...


THIAGO SOARES (NUPA workshop): NUPA acrescentou um novo folego pra continuar estudando animação, e animando, contribuiu pra minha formação ao encarar o ToonBoom, que juntava poeira no hd aqui, aprender sobre os processos e particularidades da produção dos desenhos animados e ter participado da pré-produção/ajudado no desenvolvimento de um curta animado nos workshops desse ano...que a propósito, foi o que mais gostei empatado com as aulas teóricas...que é muito mais divertido pesquisar, rabiscar e ouvir as histórias dos bastidores e pioneiros da animação que por a mão na massa e animar de fato...que dá um trabalho do cão...
Estudos de Thiago Soares no NUPA workshop
O que mais detestei foi saber que talvez o NUPA pode não continuar ano que vem (2013), ou não ter sabido da sua existência antes e participado das atividades dos anos anteriores...Se continuar, acho que o mais interessante é mesmo, além das aulas, o acompanhamento nos projetos/projeto de fim de curso dos alunos...que acho que não se enquadra como sugestão porque já acontece, né...Bom, então é isso aí...


DOMICIO (NUPA workshop): O NUPA ampliou meu conhecimento técnico e artístico, principalmente minha visão histórico-social da animação, e a possibilidade de com isto incorporar técnicas e estilos de várias escolas e épocas em futuros projetos, além de pesquisa de novos suportes.
Estudos de Domicio no NUPA workshop
Através do NUPA, estou conhecendo técnicas e softwares que estão ampliando meu universo profissional e artístico e também a possibilidade de partilhar este conhecimento com a comunidade em que vivo, na forma de laboratório audiovisual no meu bairro, Jardim Miriam.
Eu gosto da forma como é ministrado o curso, que respeita o tempo
de cada aluno, e o discurso aberto entre aluno e tutor, visando o aprendizado.
Mais a coisa que mais valorizo é a gratuidade do curso, que deve ser super valorizada.
Dentro do possível o NUPA extrapola todas as minhas expectativas, pois temos uma carência de formação e a iniciativa do NUPA é muito bem vinda.
Alguma sugestão para melhorar futuramente, caso o NUPA continue a existir? A possibilidade de intercâmbio e estágios com escolas e empresas nacionais e internacionais.


ANDERSON ALVES (NUPA workshop): O NUPA me deu o conceito verdadeiro do que é animação, de como é esse mercado, pois apesar de gostar bastante de animação eu nunca me aprofundei  realmente sobre o assunto. 
Estudos de Anderson Alves no NUPA workshop
Está contribuindo para minha formação profissional e artística. Além de aprender a usar o Toomboom, os conceitos passados na aula são muito ricos, e pra mim é tudo novidade. Eu semvre vi animação como entretenimento apenas, e hoje, depois das aulas, já penso em, quem sabe, entrar no mercado de trabalho, desenvolver uma animação, algum projeto...
Eu gosto do ambiente, das pessoas. Dá pra ver que tanto quem está aprendendo como quem está ensinando no NUPA, realmente gosta do que faz e de passar algumas horas do seu sábado ali.
Não tem nada que eu tenha detestado. Talvez essa incerteza do NUPA, se vai  continuar ou não.
Uma sugestão: Poderia ter os exercícios das apostilas distribuídos de alguma forma, ou pelo e-mail. Muitas vezes quero continuar um exercício ou adiantar e não tenho como.

E.T.: 
Bicicletas, filmes Paulicéia e NUPA estão repercurtindo rápido pela web afora, desde o lançamento de nosso terceiro filme coletivo. Bicicletas chegou a ter um pico de uma vista a cada 30 segundos no terceiro dia depois do lançamento. E de forma espontânea. Não contamos até agora com nenhum veículo de imprensa nos divulgando. Simplesmente nossa própria rede social. Alguns amantes da liberdade de opinião e pensamento deram destaque a estes trabalhos nos últimos dias. Seguem os links dos posts, pra aqueles que quiserem saber mais. Basta clicar nas imagens abaixo. Pra todos, nosso muchas gracias e buenas dichas!










quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

República Carolíngia


... E o Brasil continua inovando, nesse seu peculiar processo de retroceder a humanidade.

Pena que os cientistas sociais brasileiros sejam essa gente recalcada que não dá conta de pensar nada novo. Senão, já teríamos alguém pesquisando essa medieval invenção brasileira do século XXI, a República Carolíngia.


 Zlatha, aliás Julia Gunthel: 

 A flexibilidade que os fefelechos 
 Marilena e Vladimir tanto invejam e desdenham, 
 mas que JAMAIS terão.





quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Filmes para sonhar inocente


Começa no próximo primeiro de Março o XVI Festival Internacional Anual do Filme Infantil de New York. Vários longas em animação de diversas partes do mundo. Gostei de algumas imagens e resolvi postar aqui no Iludente, pra vocês alegrarem os olhos.

O legal de filme infantil é que os adultos seguram um pouco seu pessimismo e desejo de arrebentar, e fazem pras crianças umas imagens com jeito de sonho bom.

Os nomes dos longas eu chutei umas traduções em português. Não necessariamente serão lançados por aqui assim se chamando. Talvez nem apareçam por aqui, aliás. 


KIRIKOU E OS HOMENS E AS MULHERES, direção de Michel
Ocelot, França.
Já é o terceiro longa do Ocelot com esse personagem.
Essa imagem acima é impressionantemente bela. A saber
se o filme inteiro mantém essa aura.

NEVE & CHUVA, AS CRIANÇAS-LOBO, direção de Mamoru
Hosoda, Japão.

O DIA DOS CORVOS, direção de Jean-Christophe Dessaint,
França e Bélgica.

COR DE PELE: MEL, direção de Jung &
Laurent Boileau, França e Bélgica.
Um filme sobre adoção. Um desafio fazer um
filme de animação infantil com esse tema.

BENVINDO AO SHOW DO ESPAÇO, direção de Koji Masunari,
Japão.
Adorei esse ser sexy no meio da imagem. Tive uma
namorada bem parecida. A lindona.

PINOCCHIO, dirigido por Enzo D´Alo, Itália.
Finalmente a versão fiel ao livro original de Carlo Collodi.
O design é o mesmo de uma versão ilustrada pelo Mattotti.
Escrevi um post sobre esse artista uns dias atrás.
Clique aqui se quiser ler.

ENCONTRO COM AS BATATINHAS, de nosso amigo em NY,
Josh Selig, USA.
Estou bem curioso de saber como o Josh transpôs pra
telona esses seus tubérculos bonitinhos.

DE CIMA DA COLINA DAS PAPOULAS,
escrito por Hayao Miyazaki e dirigido por Goro Miyazaki,
Japão.
Do famoso estúdio Ghibli, este é capaz de aportar aqui.

ERNESTO & CELESTINA, direção de Aubier, Patar & Renner,
França e Luxemburgo.
Baseado em personagens populares em livros infantis.

A PINTURA, direção de Jean-François Laguionie, França.
Um CG3D finalizado como se pintado a tintas. Interessante.




sábado, 2 de fevereiro de 2013

Seguimos cantando correnteza acima





CANTA, TY-ETÊ! segue sua carreira na rede social do Vimeo.

Passados três meses do lançamento, o filme conta com 38.600 vistas. 7.100 no Brasil, seguido de perto pelos EUA com 6.200. O terceiro público que mais assistiu nosso filme está na Russia, com 4.300 vistas. Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Coréia do Sul, Ucrânia, México e Espanha embolam em quarto lugar com uma média de 1.200 vistas cada. Ou seja, nosso filme tornou-se genuinamente internacional.

Em novembro passado o filme chamou a atenção da equipe do Vimeo e foi escolhido como  um dos destaques do site, recebendo o selo Staff Pick.

Curiosamente, até a semana passada, a trilha sonora do filme era ainda a versão de trabalho. Apenas agora estamos publicando o filme em sua versão final, com a trilha delicada e minuciosa de Fábio Góes em seu arranjo, gravação e mixagem finais.  
Então vale a pena conferir o trabalho novamente e ouvir com atenção. E se você não viu ainda, está esperando o quê? Clica na imagem ao lado!



Aproveitando, segue o depoimento do músico Fábio Góes sobre sua participação em Canta, Ty-Etê:

FÁBIO GÓES (trilha sonora)

Participar do Canta Tietê foi uma honra. A idéia, de onde vem a idéia, o "como" ela é realizada, e ainda o resultado visual final fazem com que a verdade naqueles 2 minutos fique indiscutível. E muito emocionante.
Ainda mais para um paulistano indelével como eu. E ai fui fazer a música disso.
A minha parte no projeto se desenrolou a partir da maneira pela qual fui impactado pelo primeiro corte que recebi, que se traduziu na minha primeira proposta de trilha para o Céu (diretor). E foi muito recompensador quando ele me voltou dizendo que tinha gostado bastante. Mais um elo verdadeiro em torno do filme se fechava, eu senti.
Nem todos os trabalhos que fazemos desejamos dividir com todo mundo. No caso do "Canta Tietê", meu desejo é de que o mundo inteiro assista.
Gosto bastante de animação, mesmo não sendo um especialista. Acompanhei o Nick Park desde os curtas, tento ver sempre os novos filmes do Hayao Miyazaki.

O Anjo da História diz:

OUT OF MODEL: got to get you into my life

ou: Out of Renaissance via Refusés Model - A homenagem mais homenageada da história da arte? - A referência mais referida da histór...

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