O mais novo filme do NUPA, da série Paulicéia, BICICLETAS EM SÃO PAULO, já está disponível em nosso canal Vimeo. Pra assistir é só clicar na imagem ao lado.
Os artistas, profissionais e alunos, envolvidos neste projeto, responderam algumas questões sobre qual suas relações com este filme, com o NUPA, com animação em geral, o que andam fazendo e como vêem a animação brasileira. Seguem os depoimentos...
Model da personagem CLARA, de Klayton Luz com o NUPA workshop |
PAULO
GARFUNKEL (roteirista ganhador do edital Paulicéia de roteiros com o tema Bicicletas em São Paulo)
Paulo Garfunkel é o peludo mais claro.
O outro, é a Ajanã.
|
O que estou fazendo agora? Bem, foi editada agora, em 2012, pelo Toninho Mendes da Editora Peixe Grande, a coletânea do Vira-Lata, o gibi de sacanagem com desenhos do Líbero Malavoglia e supervisão científica do Dr. Drauzio Varella,que circulava no Carandiru nos anos 90, no auge da epidemia de aids. Se puder, dá um bico em nosso promo, clicando na imagem da capa do álbum, aí ao lado.
E também, o livro
infantil Shui, entre os vermes da superfície foi lançado
pela editora do SESI. A história nasceu como argumento pra um game e daria uma
boa série de animação. Pela mesma editora,
está saindo outro infantil, Três Fábulas de Esopo, que são adaptações
poéticas de fábulas escritas em 2002 para uma peça de teatro. E também uma
hq adulta, Chão de Fábrica, uma trama policial com desenhos do
Líbero.
Estou produzindo para a Cinema Animadores, a trilha sonora de dois filmes de animação, O menino que sabia voar e Mendonça descobre o Amor, que é a adaptação do conto Miss Dollar do grande Machado de Assis.
Estou produzindo para a Cinema Animadores, a trilha sonora de dois filmes de animação, O menino que sabia voar e Mendonça descobre o Amor, que é a adaptação do conto Miss Dollar do grande Machado de Assis.
Meus artistas de animação preferidos, o Sylvan Chomet,
das Bicicletas de Belleville e de O Mágico (L'Illusionniste), Katsuhiro Otomo, do velho Akira,
o cara do Samurai Champloo e Cowboy Bebop, Shinichiro Watanabe. E tem uma produção
francesa do Corto Maltese, bem fiel às histórias do Hugo Pratt, que eu gosto
muito e não sei quem dirigiu. E os caras da Pixar
matam a pau (americanamente).
Key vision original de Klayton Luz com o NUPA workshop |
KLAYTON
LUZ (concepção visual + NUPA workshop e cenários)
um grande aprendizado. Trabalhar com o NUPA foi ótimo, pois os alunos estavam super envolvidos e colaboraram bastante no desenvolvimento dos conceitos visuais durante o workshop. Sem falar da profissionalismo e generosidade em que o Céu conduziu todo o projeto, as aulas e tudo mais.
Fico feliz e grato pela experiencia.
Gosto de animação. E pra mim Akira do Katsuhiro Otomo é sempre referência! Mas um artista que gosto muito hoje em dia é o animador, diretor e artista conceitual,
GUSTAVO
KURLAT (trilha sonora)
Contribuir em Bicicletas em São Paulo significou entrar em
contato novamente com a possibilidade de pensar a cidade de uma outra
forma, percebendo que algumas utopias talvez sejam mais viáveis do que imaginamos.
E claro, o desafio e o prazer de criar (música, no caso) sintonizado com
as imagens e as ideias que devem dialogar fluentemente para passar ao público o
seu espírito.
No momento também estou compondo
a trilha do longa de animação O menino e o mundo, de Alê Abreu, em
parceria com Ruben Feffer, um trabalho que contou nas gravações com a
participação de Naná Vasconcelos e os Barbatuques. E acabam de ir pro ar
a série de animação Batatinhas (Small Potatoes), da
qual fiz todas as versões em português das canções e as
respectivas gravações. E o programa de rádio Catimbirimbéu,
que dirigi, no site do Itau Cultural.
Pelo que eu disse acima, acho que transparece o fato de que adoro animações! E o
trabalho do Alê Abreu, com o qual trabalhei também anteriormente no longa Garoto Côsmico, é pra mim uma referência nova nas animações
brasileiras.
Produzir as
animações para Bicicletas em
São Paulo
significa contribuir para um conceito que está cada vez mais claro para os
cidadãos de SP: precisamos de opções para o transporte na cidade que não sejam
necessariamente o uso do carro. Já é algo que eu busco praticar no meu dia a
dia, não exatamente andando de bicicleta, mas optando algumas vezes na semana,
por deixar o carro em casa e utilizar o transporte público. Acredito que a
proposta do filme seja de repensar a locomoção na cidade. E fico muito contente
em poder contribuir de alguma maneira em propagar esse conceito.
O desenho
animado a mão está se redescobrindo, à medida que se apropria da evolução
tecnológica da computação gráfica. No momento em que o animador está sentado em
uma tablet (mesa digitalizadora) ou numa mesa de luz, o desenho que se produz
se assimila muito em termos de técnica e o resultado final na tela também acaba
se tornando muito parecido. Obviamente, uma produção totalmente digital gera bem menos trabalho
que a animação que era feita há 30 anos. Na minha opinião, um frame desenhado a
mão seguido por outro frame desenhado a mão e assim por diante (seja numa folha
de acetato, seja diretamente na tela do computador) resulta em uma animação com
características peculiares e especiais, que nunca serão superadas por outras
técnicas.
Como paulistano de
nascença, e grande fã de andar de bicicleta, adorei trabalhar neste projeto que
mostra uma São Paulo
mais interessante de se morar. O fato do trabalho ter saído de uma iniciativa
legal como o
núcleo paulistano de animação também é motivo de orgulho. O trabalho apresentou
uma série de desafios técnicos que foram interessantes de serem resolvidos,
também.
Espero e acho que o desenho animado a mão terá um novo ciclo e não foi enterrado pela computação gráfica. Depois do furor inicial da animação CG3D, a animação desenhada voltou a ter força, vide os trabalhos produzidos por alunos graduandos de escolas de animação, e mesmo a linha publicitária. Acho que o gesto do desenho ainda vai demorar pra perder o apelo frente ao CG3D.
O que falta para o Brasil ter uma produção de animação mais consistente é uma indústria de animação que se sustente. E investimento.
Espero e acho que o desenho animado a mão terá um novo ciclo e não foi enterrado pela computação gráfica. Depois do furor inicial da animação CG3D, a animação desenhada voltou a ter força, vide os trabalhos produzidos por alunos graduandos de escolas de animação, e mesmo a linha publicitária. Acho que o gesto do desenho ainda vai demorar pra perder o apelo frente ao CG3D.
O que falta para o Brasil ter uma produção de animação mais consistente é uma indústria de animação que se sustente. E investimento.
FRED MATHIAS (produção artística MOL TOONS)
Contribuir
para que uma história como
a que foi contada neste curta faz parte do DNA da Mol Toons. O tema é atual, de
extrema relevância e foi abordado de forma delicada e poética.
Além disso, o processo colaborativo de produção do NUPA, que envolve edital público para a contratação de roteiro e workshops no processo de direção de arte foi uma experiência gratificante para nós. Sem contar que o resultado final foi excelente.
Além disso, o processo colaborativo de produção do NUPA, que envolve edital público para a contratação de roteiro e workshops no processo de direção de arte foi uma experiência gratificante para nós. Sem contar que o resultado final foi excelente.
O mercado de
entretenimento aqueceu bastante no Brasil. Além de nosso estúdio estar envolvido em
projetos de séries de animação, fomos procurados para trabalhar em um
documentário, a ser exibido no History Channel e que fará grande uso da
animação na reconstituição de cenas e também em um APP para Ipad. Ambos
novas experiências para a Mol Toons.
Minha crença é
de que as técnicas entram e saem de moda, mas o que vale no final é uma boa história,
uma que valha ser contada. Quando a Pixar lançou Toy Story muita gente se
surpreendeu. Como
é possível segurar uma audiência por 70 minutos usando "apenas"
computação gráfica? Curiosamente, este foi o mesmo comentário à época do
lançamento de Branca de Neve nos cinemas. Um longa metragem de animação?
O fato é que houve claramente no segmento de longa metragens, após o já mencionado advento de Toy Story, uma predominância da técnica 3D/CGI. Os filmes da Pixar e Dreamworks dominaram o mercado ocidental. Mas na França foram lançados filmes expressivos,como o
Bicicletas de Belleville e o Japão continuou forte com seus animes e com obras
primas de Hayao Miyazaki. A Disney, que também andava com pouca confiança
no lançamento de seus tradicionais filmes de animação feita à mão, fez com o
"A Princesa e o Sapo" um grande retorno.
Vale adicionar que no segmento de séries para televisão, a animação feita à mão continuou sendo a técnica mais utilizada (Simpsons, Pokemon, Bob Esponja, Ben 10 e Adventure Time, entre tantos outros)
A variedade de técnicas está a serviço dos contadores de história e quem ganha é a audiência.
O fato é que houve claramente no segmento de longa metragens, após o já mencionado advento de Toy Story, uma predominância da técnica 3D/CGI. Os filmes da Pixar e Dreamworks dominaram o mercado ocidental. Mas na França foram lançados filmes expressivos,
Vale adicionar que no segmento de séries para televisão, a animação feita à mão continuou sendo a técnica mais utilizada (Simpsons, Pokemon, Bob Esponja, Ben 10 e Adventure Time, entre tantos outros)
A variedade de técnicas está a serviço dos contadores de história e quem ganha é a audiência.
O
Brasil, historicamente, tem tido uma produção consistente de publicidade
e de curtas metragens. E hoje há uma evidente evolução na produção de
séries para a Televisão. A politica pública de incentivos culturais começou a
ver este segmento com bons olhos e a produção independente avançou muito. Mas
ainda falta, a meu ver, um mercado mais maduro. As emissoras brasileiras ainda
estão acostumadas a comprar conteúdo barato que vem do exterior,
à exceção de quando podem fazer uso de alguma lei de incentivo. Isso
é uma distorção de mercado que alguma hora deve acabar. No cinema temos ainda
mais a caminhar. Acho que falta um grande sucesso (tipo Cidade de Deus ou Tropa
de Elite) que atraia os distribuidores e o público, criando um círculo
virtuoso. Existem alguns (poucos) filmes em produção agora e realmente torço
para o sucesso deles.
Estudos de H-Minus no NUPA workshop |
Claro que fui
procurar meu nome nos créditos, né! Mas o que aprendi no workshop vale muito mais, pois
comecei a trabalhar em uma produtora de vídeo e agência de propaganda, onde
ponho em prática tudo que aprendi com o Céu, a Julia Bax e o Klayton Luz em matéria
de story-board! Valeu e vida longa ao NUPA.
BG de Klayton Luz, com
aplicação de grafismos da
coleção desenvolvida
em residência artística
por Marcelo Ortolani.
Inspirada na arte de Highraff.
|
O NUPA contribuiu muito para a minha
formação profissional e artística. Tive a oportunidade de conhecer alguns donos
de estúdios de animação, pude até pegar o contato de um deles. Mais tarde,
quando consegui um emprego em animação por outros contatos, uma das pessoas da
empresa em que trabalho já tinha me visto em uma das palestras do NUPA. Esse
atestado de interesse foi benéfico profissionalmente. A residência artística
que fiz no NUPA foi inestimável, um grande treinamento na produção de cinema de
animação com um prazo, responsabilidade, cota de produção e ainda espaço para
experimentação e criação. As pequenas cenas de animação que produzi nas aulas e
na residência artística foram decisivas para conseguir meu primeiro emprego em
uma produtora de animação. As aulas me abriram um mundo de aprendizado, e uso
sobretudo o aprendizado artístico quase todos os dias no meu trabalho. Aprendi
muita coisa que os livros sobre o assunto não ensinam.
E o NUPA continua me ajudando de forma direta: estou começando uma parceria com um roteirista que trabalha em um projeto do NUPA. Vou colaborar em um blog, o que pode me ajudar indiretamente para divulgação.
O que eu mais gostei? Acho que foi da residência artística. Foi uma experiência bastante colaborativa, muito aberta a experiências, consegui produzir um material de boa qualidade e que foi apreciado. Foi um grande incentivo para seguir em frente.
E o NUPA continua me ajudando de forma direta: estou começando uma parceria com um roteirista que trabalha em um projeto do NUPA. Vou colaborar em um blog, o que pode me ajudar indiretamente para divulgação.
O que eu mais gostei? Acho que foi da residência artística. Foi uma experiência bastante colaborativa, muito aberta a experiências, consegui produzir um material de boa qualidade e que foi apreciado. Foi um grande incentivo para seguir em frente.
Melhorias para o futuro... Quase todas as
pessoas com quem eu falo sobre o NUPA reclamam que é muito longe... Eu não ligo
para a distância dos lugares: já fui para Belo
Horizonte uma vez fazer uma oficina. Mas tem algumas
coisas simples e gratuitas que é possivel fazer para com a ajuda da internet
deixar o NUPA mais acessível para pessoas que moram longe do CCJ.
Por exemplo, seria possível filmar as aulas de conteúdo que o Céu dá e colocar em um site de vídeo, por exemplo o site "ustream.com" por umas duas semanas e depois deletar. Seria possível criar um forum pela internet para os alunos debaterem os assuntos de cada aula. Seria possível criar um blog coletivo ou fórum para os alunos postarem seus desenhos de análise de ação e trocarem comentários e críticas construtivas. Ou desenhos de observação de pessoas no metrô. Ou de criação de personagens. O mesmo para os exercícios de animação que cada um está fazendo.
Que mais... mais divulgação sempre ajudaria. Nem vejo mais algo sobre o NUPA nos panfletos do CCJ. Seria interessante divulgar em escolas de desenho, faculdades de artes plásticas, de cinema... Não precisa ser nada muito caro, pedir pro professor de tais cursos para deixar dar um recado pros alunos em uma das aulas...
Por exemplo, seria possível filmar as aulas de conteúdo que o Céu dá e colocar em um site de vídeo, por exemplo o site "ustream.com" por umas duas semanas e depois deletar. Seria possível criar um forum pela internet para os alunos debaterem os assuntos de cada aula. Seria possível criar um blog coletivo ou fórum para os alunos postarem seus desenhos de análise de ação e trocarem comentários e críticas construtivas. Ou desenhos de observação de pessoas no metrô. Ou de criação de personagens. O mesmo para os exercícios de animação que cada um está fazendo.
Que mais... mais divulgação sempre ajudaria. Nem vejo mais algo sobre o NUPA nos panfletos do CCJ. Seria interessante divulgar em escolas de desenho, faculdades de artes plásticas, de cinema... Não precisa ser nada muito caro, pedir pro professor de tais cursos para deixar dar um recado pros alunos em uma das aulas...
THIAGO SOARES (NUPA workshop): O NUPA acrescentou um novo folego pra continuar estudando animação, e animando, contribuiu pra minha formação ao encarar o ToonBoom, que juntava poeira no hd aqui, aprender sobre os processos e particularidades da produção dos desenhos animados e ter participado da pré-produção/ajudado no desenvolvimento de um curta animado nos workshops desse ano...que a propósito, foi o que mais gostei empatado com as aulas teóricas...que é muito mais divertido pesquisar, rabiscar e ouvir as histórias dos bastidores e pioneiros da animação que por a mão na massa e animar de fato...que dá um trabalho do cão...
O que mais detestei foi saber que
talvez o NUPA pode não continuar ano que vem (2013), ou não ter sabido da sua
existência antes e participado das atividades dos anos anteriores...Se
continuar, acho que o mais interessante é mesmo, além das aulas, o
acompanhamento nos projetos/projeto de fim de curso dos alunos...que acho que
não se enquadra como sugestão porque já acontece, né...Bom, então é isso aí...
DOMICIO (NUPA workshop): O NUPA ampliou meu conhecimento técnico e artístico, principalmente minha visão histórico-social da animação, e a
possibilidade de com isto incorporar técnicas e estilos de várias escolas e épocas em futuros projetos , além de pesquisa de novos suportes.
Estudos de Domicio no NUPA workshop |
Eu gosto da forma como é ministrado o curso, que respeita o tempo
de cada aluno, e o discurso aberto entre aluno e tutor, visando o aprendizado.
Mais a coisa que mais valorizo é a gratuidade
do curso, que deve ser super valorizada.
Dentro do possível o
NUPA extrapola todas as minhas expectativas, pois temos uma carência de formação e a iniciativa do NUPA é muito bem vinda.
Alguma sugestão para melhorar futuramente, caso o NUPA continue a existir? A possibilidade de intercâmbio e estágios com escolas e empresas nacionais e internacionais.
Estudos de Anderson Alves no NUPA workshop |
Eu gosto do ambiente, das pessoas. Dá pra
ver que tanto quem está aprendendo como quem está ensinando no NUPA, realmente gosta do que faz e de passar
algumas horas do seu sábado ali.
Não tem nada que eu tenha
detestado. Talvez essa incerteza do NUPA, se vai continuar ou não.
Uma sugestão: Poderia ter os exercícios das
apostilas distribuídos de alguma forma, ou pelo e-mail. Muitas vezes quero
continuar um exercício ou adiantar e não tenho como .
E.T.:
Bicicletas, filmes Paulicéia e NUPA estão repercurtindo rápido pela web afora, desde o lançamento de nosso terceiro filme coletivo. Bicicletas chegou a ter um pico de uma vista a cada 30 segundos no terceiro dia depois do lançamento. E de forma espontânea. Não contamos até agora com nenhum veículo de imprensa nos divulgando. Simplesmente nossa própria rede social. Alguns amantes da liberdade de opinião e pensamento deram destaque a estes trabalhos nos últimos dias. Seguem os links dos posts, pra aqueles que quiserem saber mais. Basta clicar nas imagens abaixo. Pra todos, nosso muchas gracias e buenas dichas!
Bicicletas, filmes Paulicéia e NUPA estão repercurtindo rápido pela web afora, desde o lançamento de nosso terceiro filme coletivo. Bicicletas chegou a ter um pico de uma vista a cada 30 segundos no terceiro dia depois do lançamento. E de forma espontânea. Não contamos até agora com nenhum veículo de imprensa nos divulgando. Simplesmente nossa própria rede social. Alguns amantes da liberdade de opinião e pensamento deram destaque a estes trabalhos nos últimos dias. Seguem os links dos posts, pra aqueles que quiserem saber mais. Basta clicar nas imagens abaixo. Pra todos, nosso muchas gracias e buenas dichas!
Muito legal!!!
ResponderEliminarSó agora que eu vi com cuidado o desenhinho meu grafitado no prédio...
Obrigada por compartilhar ;)
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