domingo, 3 de julho de 2011

OUT OF MODEL: got to get you into my life


ou: Out of Renaissance via Refusés Model

- A homenagem mais homenageada da história da arte?
- A referência mais referida da história do lay-out?
- A cópia mais copiada da história do plágio?
O que os Fabulosos Freak Brothers, Scarlett Johansson, Pablo Picasso, Laya, Star Wars, Tintin, o elefantinho Babar, Christina Dior, Barbie e a Ópera de Pequim tem em comum?

Vai olhando isso, até o final.

Laya
com O Jardim das Horas
no Edifício Copan, em São Paulo...

https://www.youtube.com/watch?v=7sRj4Cq91x0
(para ver o filme, clique neste link acima)
Annie Leibovitz
com Scarlett Johansson e Keira Knightley...

... Babar...

... Danilo Lejardi...

... Andy Earl e a banda Bow Wow Wow...
... Betty Boop, Koko, Olivia & Popeye...

´Ulorinvex,

... Bob Venables...

... Dior...
 


...Monsieur-dame Rabbit, o amigo dos dois, Mr. Eddie Valiant
(e provavelmente Srta. Dolores logo atrás),
por Tom Sito...


...e Alain Jacquet...

... Michel Achard, com Star Wars...

... Picasso...

... e mais Picasso...

... e dá-lhe Picasso...

... e ainda Picasso...

... Picasso...Picasso...

... e Picasso em
um livro inteiro...

... Artificial Happiness...


... Alex Waterhouse-Hayward...

... e também a
The New Jazz Orchestra...

... Sharon Hodgson...

... Jy Corre...

... Rip Hopkins...

... Armelle Lesniak...

... Dubossarsky Vinogradov...

... propaganda de
propaganda...

... Gagatka27...

... Pan Yue e a Ópera de Pequim...

... Mario Sorrenti para Yves Saint Laurent...

... Sophie Berecz com vitral...
... Monsieur Z...

... Mickalene Thomas...

... 2Fik...

... John Bradford com Barbie, Action Man e Ken...


... Sergey Goncharov
para Body in Mind...


... Marcus Kreiss
com vídeo instalação...


... um escultor
não identificado...

... Milo Manara...

... Ole Ahlberg
com Haddock e Tintin...

... F-Moreeuw...

... Gabriel Pericas...

... Herman Braun-Vega...

... Josh Agle...

... Tao Feifei...

... Rick Veitch
e Gary Erskine...

... e Random Scream
com performance...

... Priapo Longoni
com interferência...

... o escultor Seward Johson...

... Tacita Dean...

... um fotógrafo
não identificado...

... e outro também...

... Philip Bond,
novamente com Star Wars...

... Sally Moore...

... e até mesmo os 
Fabulosos Freak Brothers...
... pensam que estão fazendo uma homenagem a Édouard Manet, que pintou Lanchinho no Gramado - Le Déjeuner sur L'Herbe - em 1863.



Mas nããããoooo..... Todos eles estão juntos na fila de uma "inspiração" (chupada?) de um detalhe de O Julgamento de Paris, gravura de Marcantonio Raimondi sobre um desenho de Raphael (Raffaello Sanzio), executada lá por 1510:
o detalhe

a gravura total, com o lanchinho na grama à direita.


E Oscar Grillo??? Sabe ou não o que está fazendo?
Le déjeuner sous la Lune




6 comentários:

  1. Assisti a uma palestra recentemente em que a palestrante também cometeu o mesmo erro: mostrou obras que foram inspiradas nesse quadro de Manet sem saber dessa obra anterior, "O Julgamento de Páris". Não a corrigi, não seria educado.

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  2. Muita gente não sabe disso.
    Pra você ver que ler Iludente faz o leitor crescer saudável e inteligente!
    E bem educado, ainda bem...

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  3. para mim foi uma grande surpresa... até porque um dos traços típicos do Impressionismo é a pintura out-door, o acabamento às pressas para captar o momento, o espontaneísmo; mas, pensando bem, isso se aplica a Claude Monet, Pissarro e Renoir, mas não aos pontilhistas, como Seurat, e nem a Manet. Manet parece que sofria para desenhar; não é de admirar que tenha se baseado num outro desenho (é estranho, porém, que não tivesse copiado fielmente - o torso da garota e a perna do homem deitado estão com perspectiva diferente, como se ele tivesse pedido para amigos ficarem na posição da gravura antiga).

    Além disso, seus outros quadros famosos "Olímpia" e "Fuzilamento de Maximilian" também não são pinturas out-door (Olímpia é de estúdio e o Fuzilamento, mostra um acontecimento que não presenciou e que foi recriado pelos gravuristas de jornal).

    "Impressionistas" surge como uma ironia feita por um jornalista, baseado no quadro de Manet "sol nascente, impressões", e foi adotado pelo grupo por de fato descrever bem sua proposta inicial. Depois cada um foi para o seu canto.

    Cabe a pergunta: foi realmente impressionista Edouard Manet?...

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  4. ops, errei o nome, mas sei quem fez: "sol nascente impressões" é de MONET, CLAUDE MONET. saco...

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  5. Não acho que o MANET fosse um impressionista e até onde sei não é classificado como tal. Estava mais para um naturalista de pincel solto, querendo deixar pra trás aquela coisa lambida que não se justificava mais com a invenção da fotografia. Estava mais pra DEGAS que pra MONET ou RENOIR.
    Pelo que sei desse quadro, que tem um desejo de retratar a vida boa da belle epoque,da belle vie, o savoir vivre, tinha mais um conceito ideológico, um discurso, do que qualquer outra coisa. Acho que ele copia a pose do desenho de Rafael meio intencionalmente, pra dizer algo. Quem são aquelas figuras ao lado do Julgamento de Paris? São coadjuvantes. Os personagens principais, divas e heróis, são os outros. Então acho que MANET queria fazer uma pintura da gente comum, que vive a vida a margem dos grandes personagens da história, que na época dele, com a nova concepção de história e militarismo nascida com a cobertura jornalística da Guerra da Criméia, revelava-se como hipócritas e canalhas. Parece que MANET quer dizer com sua pintura: Vamos deixar de homenagear esses figurões egocêntricos e brindar à vida das pessoas que comemoram a vida e que são as que realmente importam.
    Que que eu tô fazendo aqui? São dez horas e ainda tenho um monte de coisa pra organizar pro lançamento do livro hoje a tarde. Apareça, Jonas!

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  6. Agora, um dos mais prováveis motivos da invocação de personagens periféricos do Julgamento de Paris, é a questão JULGAMENTO DA BELEZA.
    O mito que De Sanzio retratou no seu desenho é o concurso de beleza que deu origem à Guerra de Tróia. A grande questão para os pintores da época de Manet eram os salões de arte e os julgamentos de quem era digno ou não de entrar na mostra. Há portanto uma crítica à subjetividade e aos interesses pessoais e políticos que envolviam esses julgamentos. E talvez um certo deboche sobre a estupidez narcísica que eram esses julgamentos.
    Então Manet sai de banda e fica na periferia, junto com o Joie de Vivre, pintando pelo prazer de pintar, como quem curte um piquenique e uma nudez descompromissada no bosque. Mas olha para o espectador, através da moça, desnudando quem olha e dizendo: Estou te vendo, sei o que está pensando, que está julgando (em todos os sentidos) e não me importo.

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O Anjo da História diz:

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