sábado, 3 de setembro de 2016

A índia que derrubou a presidente



Antigamente todo dia era dia de Saci.
Agora é um dia só por ano.
E tem que ser dividido com a Congada, o Acarajé
e a Mula-sem-cabeça, entre muitos outros.
O RESUMO:  

Antigamente todo dia era dia de Saci.
Agora é Belo Monte, Brumadinho e Mariana


O PIVÔ: 

foto: André D'Elia
E quer saber quem foi mesmo que deu início a esse movimento de destituição? 
Essa índia pajé Ikpeng na foto ao lado. 

É o que eu percebi no dia em que a vi falando pela primeira vez, cinco anos atrás. 
Quando Lula e Dilma passaram por cima dos direitos indígenas e enfiaram Belo Monte goela abaixo do povo. Pra construir uma usina ineficiente, em área de proteção ambiental, ferrando meio ambiente, pescadores e nativos. Uma usina que não conseguiu investimento privado, porque é um péssimo negócio, e que foi bancada com o dinheiro dos impostos. É, o povo trabalhador é quem paga a conta. A bagatela de mais de 30 bilhões de reais, e aumentando. Sabe-se que o custo de construção seria no máximo de 20 bilhões. Pra onde vai o resto do dinheiro, mais de 10 bilhões de reais? 

Quando Lula e Dilma e seus aliados fisiológicos, estavam achando que podiam tudo, inclusive destruir a beleza que nos cerca, essa índia deu o empurrãozinho que faltava pros Mamaués começarem a fazer seu trabalho. Saiam da frente, Assuras, Anhangás e Vampiros! Pajelança de índio amazônico não é pra qualquer um. 

A imagem é do documentário Belo Monte, Anuncio de uma Guerra, dirigido pelo meu sobrinho André D’Elia. Foi lançado em 2012. Pode ser assistido aqui neste link: BELO MONTE, ANÚNCIO DE UMA GUERRA. 
Se quiser ir direto na índia, está nos 37 minutos.


O INALCANÇÁVEL: 

Em nenhum lugar do mundo política é preto e branco. Sempre, qualquer grande ação política, vai trazer junto com ela boas e más pessoas, boas e más intenções. Em última instancia um governo cai, sempre, porque a maior parte do povo está insatisfeita. E o que toma seu lugar não é garantia de nada. Cai também, se a insatisfação continuar em maioria. É um movimento natural que não tem papo ideológico que mude. 

Eu me entendo com qualquer pessoa que esteja disposta a conversar e revisar o que acredita. Por que o primeiro a não ter certeza de nada sou eu. 

Lá no fundo mesmo, eu acho que qualquer coisa que acontece é uma somatória do que as pessoas realmente são. E as pessoas não são só o que elas falam e pensam. 

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