Filme experimental, pra mim, é para pesquisar, para ir fundo em questões simbólicas e de linguagem. Não é pra repetir coisas feitas pelos outros ou, pior, fazer discurso "lacrador" clichê.
Adeus é todo baseado em formas humanas e derivados das formas humanas. Só tem um objeto "fabricado" e é justamente uma privada. A privada tem um conteúdo simbólico arquetípico. Estranhamente é uma referência escatológica cósmica, uma porta interior para o que não podemos controlar e nos controla. Não a toa a cena que resume o filme cult Zabriskie Point, do Antonioni, é a explosão de uma privada. A privada é o símbolo da tentativa de controlar, de civilizar, enfim, de se tornar hipócrita. Ao mesmo tempo é o lugar do fantasma da intimidade, do exposição do delírio interior.
Ah sim, passei aqui também para dar um recado:
- O fim está em Ascendência reta 3h 47m 24,00s , Declinação +24° 7′ 00,0″, Distância 391-456 anos luz (120-140 parsecs). Entre em Alcyone e siga reto (até o final, claro).
Céu, 18 09 12, Terra de Piratininga, Pindorama.